Ao sul (abaixo da linha do Equador), 2015

Uma série de mapas que mostram os hemisférios norte e sul são dobrados na altura da linha do equador, de modo que a parte do mapa acima da linha do equador encobre o restante do mapa. Forma-se,assim, uma espécie de linha do horizonte a partir dessa dobra na linha do equador. Ao sul (abaixo da linha do equador) refere-se a uma visão de mundo que é definida a partir do olhar de um lugar dominante, posicionando uma questão sobre a divisão geopolítica do mundo.

Dez noites ao anoitecer, 2017

Um céu estrelado é também um mapa do tempo: ele mostra o exato momento em que vivemos, sempre se transformando. Assim, podemos contar o tempo através do mapa das estrelas. No vídeo, um céu estrelado é desenhado através de furos sobre uma superfície preta. É possível ver o processo de construção dessa simulação de céu estrelado: cada furo feito deixa aparecer a luz que está por trás, simulando a luz das estrelas. No total são dez vídeos que mostram dez mapas de céus diferentes, cada um correspondendo a um dia específico de cada ano. O primeiro mapa do céu corresponde a um dia há 10 anos atrás, seguido de céus dos anos seguintes até chegarmos ao céu da mesma noite em que acontece a projeção na Die Blaue Nacht Nuremberg (Alemanha) em maio de 2017. Projetar imagens de um céu estrelado na abóbada da igreja de St. Egidien é ainda uma maneira simbólica de abrir o céu da igreja para o exterior (e uma referência ao período em que a igreja teve sua abóbada destruída durante a II Guerra). É também uma representação temporal da história, já que cada configuração das estrelasindica um momento específico no tempo.

Continentes dobrados (América do Sul), 2019

Continentes dobrados é parte da série de trabalhos de Marina Camargo na qual a geografia é transformada em formas elásticas, distanciando-se das estruturas ortogonais características da cartografia. Os continentes da África e América do Sulsão transformados em formas flexíveis, estabelecendo outras visões sobre ageopolítica e a representação desses lugares.

Gravidade na Linha do Equador, 2015

A linha do Equador marca a divisão do mundo em dois hemisférios, representando também uma divisão política do mundo em norte e sul. Como o mundo poderia ser entendido se não houvesse essas divisões? Se não houvesse diferença entre norte e sul? E se o mundo fosse representado com apenas um hemisfério, como a nossa compreensão geopolítica do mundo poderia ser afetada? Em Gravidade na Linha do Equador desaparecem as grades ortogonais que coordenam a representação das geografias da Terra e estabelece-se um outro sistema, outra gravidade e corpo para os territórios. Não são mais relevantes as fronteiras, os nomes dos continentes ou países, nem os mar e sou oceanos. Imaginando que a linha do Equador fosse capaz de alterar a organização física da Terra, influenciando na ação de uma gravidade própria, que modificasse a ordem das coisas, definindo uma outra visão de mundo Como um horizonte alinhado com o encontro entre chão e parede, a linha do equador (que é abstrata) ganha um corpo capaz de definir regras específicas do comportamento dos mapas ou da geografia. Desenhos recortados em madeira e pintados / Dimensões variáveis (aproximadamente 1000x150cm).

Mapa-mole (Atlântico Sul), 2020

Trabalho da série dos Mapas-moles. Entre os continentes da América do Sul e da África está representado o Atlântico Sul, oceano que os conecta como espaço geográfico e histórico (sendo uma região historicamente marcada por rotas de comércio e tráfico escravagista). As linhas que aproximam Américado Sul e África remetem ainda à Pangeia, formação geológica que antecedeu a criação dos dois continentes e deu origem ao Oceano Atlântico.

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Mapa-mole (Atlântico Sul), 2020