red tape

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síntese

14 Maio  – 30 Julho 2022

Red Tape

Ai Weiwei (China), António Ole (Angola), Graeme Williams (África do Sul), Isaque Pinheiro (Portugal), John Trashkowsky (Suíça), Khaled Jarrar (Palestina), Marcelo Brodsky (Argentina), Gideon Mendel (África do Sul), Miguel Palma (Portugal).
Curadoria de Inês Valle

A exposição RED TAPE sob a curadoria de Inês Valle reúne projectos de nove artistas com uma narrativa sociopolítica, incluindo obras de Ai Weiwei, António Ole, Graeme Williams, Isaque Pinheiro, John Trashkowsky, Khaled Jarrar, Marcelo Brodsky, Gideon Mendel e Miguel Palma.
 
Nesta exposição, podem ser vistas obras emblemáticas, nomeadamente a de Ai Weiwei com “Study of Perspective in Glass” que cristaliza um símbolo de descontentamento e revolta para com formas de organização da sociedade contemporânea. A obra fotográfica de Graeme Williams “Toyi-Toyi” de 1991 da renomeada série ‘Struggle for Democracy”, que se torna um dos símbolo do período do fim do Apartheid na África do Sul e que posteriormente foi apropriada por Hank Willis Thomas em 2008, dando origem a um conflito de direitos de autor. É apresentada ainda a obra icónica de António Ole, “Sobre o Consumo da Pílula (1970)”, um dos primeiros trabalhos de artistas africanos sobre esta temática, que é aqui revisitada através de uma edição serigráfica limitada, que celebra os direitos das mulheres. RED TAPE instiga o público a refletir sobre os direitos e liberdades fundamentais que devem ser permanentemente reivindicados.
ensaio
vista de exposição
sobre os artistas

Ai Weiwei (China, 1957)

Ai Weiwei vive e trabalha em vários locais, nomeadamente Pequim (China), Berlim (Alemanha), Cambridge (Reino Unido) e Lisboa (Portugal). É um artista multimídia que trabalha simultaneamente em cinema, escrita e meios de comunicação social.

Graeme Williams (África do Sul, 1961)

Graeme Williams nasceu na Cidade do Cabo, África do Sul. Williams. Há mais de trinta anos, tem trabalhado em ensaios fotográficos altamente intimistas, que refletem a sua resposta à complexa evolução da África do Sul. A sua obra tem sido mostrada em exposições individuais na África do Sul, EUA, França, Portugal e Reino Unido, bem como em muitas mostras coletivas, incluindo as Figuras e Ficções (2011) no Victoria and Albert Museum, em Londres. Em 2014, um conjunto de imagens da série A refratada foi incluída no Aperture Summer Open em Nova Iorque. Em 2017, imagens da série À medida que a relva cresce foram incluídas na Louis Vuitton Foundation’s Being There, uma exposição coletiva que mostra a arte contemporânea sul-africana. Em 2008, quando Barack Obama concorreu à Presidência contra John McCain, a revista Newsweek publicou um artigo, pedindo a cada candidato que escolhesse uma imagem que melhor personificasse a sua visão de mundo. A equipa de Obama escolheu uma imagem da vila, que Williams captou, em 1991. O seu trabalho está em destaque em várias coleções permanentes, incluindo The Smithsonian (EUA), The South African National Gallery (SA), The Rotterdam Museum of Ethnology (Holanda), Duke University (EUA), The North Carolina Museum of Art (EUA), The St. Petersburg Museum of Fine Arts (EUA), The Finnish School of Photography, e Cape Town University (SA).

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Isaque Pinheiro (Portugal, 1972)

A biografia do artista é algo que se vai construindo com o passar do tempo e pode manifestar, paralelamente à sua obra, um direito e uma liberdade poética. No caso de Isaque Pinheiro, nascido em 1972, em Lisboa, podemos reforçar a ideia de biografia, como algo arquitetado e que se vai construindo. Da sua prática artística, da sua obra, podemos referir que é um artista que explora diversos meios, revelando uma inquietação contínua, onde se cruzam questões clássicas e contemporâneas relacionadas com a prática oficinal do artista, e a intensa reflexão crítica sobre o que nos vai apresentando, assistida de uma mestria técnica pouco vulgar nos dias de hoje. Evidente por exemplo, nas exposições que tem apresentado de escultura, nomeadamente em pedra. A sua obra encontra-se representada nas Coleções da Fundação PLMJ (Lisboa), Fundação EDP | MAAT (Lisboa), Museu Amadeo de Sousa-Cardoso (Amarante), Coleção MG (Alvito), Coleção Municipal de Arte (Porto), Museu da Bienal de Cerveira, C.G.A.C. (Compostela), Fundação Caixanova (Espanha), e Fundação Edson Queiroz (Fortaleza, Brasil), e em diversas coleções privadas em vários países, como Austrália, Bélgica, Brasil, Dinamarca, França, Espanha, EUA e Portugal.

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John Trashkowsky (Suiça)

A arte de John Trashkowsky é uma observação aguda e satírica de tópicos sociais, com conclusões intemporais. Seus remixes e novas interpretações de objetos do quotidiano transformam grandes questões do nosso tempo em obras de arte únicas. A missão é nos surpreender fora da nossa paranóia antipsicótica, dependente de café, guiada pela ansiedade e medicamentos, com produtos que nos fazem querer sair da nossa pele, com alegria ou irritação. O seu trabalho já foi apresentado em Nova York, Barcelona, Paris, Berlim, Hamburgo, Munique, Basileia, Zurique, Sophia, Moskau, Seul, Hong Kong e muitos outros locais.

Marcelo Brodsky (Argentina, 1954)

Marcelo Brodsky é considerado um dos mais importantes artistas contemporâneos da Argentina, sendo um artista visual internacional e um ativista dos direitos humanos, foca-se na linguagem visual, na memória e nos direitos humanos. Trabalhando predominantemente com imagens, textos e documentos de arquivo sobre eventos específicos para investigar realidades sociais, políticas, históricas merecedoras de consciência pública, onde tentou construir narrativas alternativas. Foi galardoado e recebeu distinções como o Prémio Dr. Jean Mayer de Cidadania Global na Tufts University, Boston (2015) e o B’nai Brith Award for Human Rights (2003), entre outras. O seu trabalho tem sido exibido em numerosas exposições individuais e coletivas na Argentina, Portugal, Brasil, Chile, Uruguai, Peru, Espanha, França, Alemanha, Suíça, Itália, República Checa, Reino Unido, Israel e EUA, entre outros. A sua obra faz parte de grandes coleções como: Tate (Reino Unido), MET-The Metropolitan Museum of Art New York (EUA), Pinacoteca del Estado, São Paulo (BR), National Museum of Fine Arts (AR), Museum of Fine Arts, Houston (EUA), Museu Judaico, Nova Iorque (EUA), Moderno Museum Buenos Aires (AR), entre outros. 

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António Ole (Angola, 1951)

António Ole é uma das principais figuras do panorama artístico em Angola e uma das mais ativas no panorama internacional da arte contemporânea entre os artistas africanos de língua portuguesa. O seu rico e diversificado universo visual está ligado à vívida intersecção da observação direta, da memória histórica, de referências de longo alcance e de questões contemporâneas prementes como a pobreza, a desigualdade, a migração, a corrupção e o desenvolvimento insustentável. A sua obra está representada em (seleção): Assembleia da República, Lisboa; Banco Espírito Santo, Luanda; Banco Nacional de Angola, Luanda; Centro Cultural Português, Luanda; Costa Reis – Compilação de Arte, Luanda; Culturgest, Lisboa; Detroit Institute of Arts, Detroit; ENSA – Seguros de Angola, Luanda; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação Sindika Dokolo; The Gencor Collection, Joanesburgo; Linda Givon Collection, Joanesburgo; Museu de Angola, Luanda; Museum of African American Art, Los Angeles; Staatliche Museum – Dahlen, Berlim

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Khaled Jarrar (Territórios da Palestina, 1976)

A obra de Khaled Jarrar explora as lutas de poder contemporâneas e o seu impacto sociocultural no cidadão comum. Khaled completou os seus estudos em design de interiores na Universidade Politécnica da Palestina em 1996, e começou a dedicar-se à fotografia. A sua exposição em 2004 nos postos de controlo de Howarra e Qalandya, onde as suas fotografias foram expostas para alertar os soldados israelitas, suscitou uma atenção significativa. Em 2011 licenciou-se na Academia Internacional de Arte (Palestina). A sua obra “Viva e Trabalhe na Palestina” foi o seu primeiro selo não oficial palestiniano. Khaled serviu-se dele para carimbar passaportes de cidadãos provenientes de todas as nacionalidades que se voluntariaram. Os objectos quotidianos que surgem no trabalho reflexivo de Jarrar, tanto pela sua forma quanto pela sua natureza, estão colocados em justaposição com a severidade dos temas que ele examina, atribuindo ao conteúdo político da obra um maior significado, enquanto reforça a natureza autobiográfica das suas temáticas.

Gideon Mendel (África do Sul, 1959)

O estilo íntimo de Gideon Mendel na criação de imagens e o seu envolvimento a longo prazo em projetos socialmente motivados conquistaram um reconhecimento internacional. Natural de Joanesburgo em 1959, iniciou a sua carreira como fotógrafo de notícias e na ‘luta’ documentando os últimos anos do apartheid na África do Sul. Esta experiência marcou-o profundamente, e muito do seu trabalho subsequente foi dedicado a temas-chave que a sua geração enfrentou. Em 1991, mudou-se para Londres, e manteve a sua posição de resposta às inquietações globais, especialmente no que diz respeito ao VIH/ SIDA. Desde 2007, recorrendo a fotografias e vídeos, Mendel tem vindo a tecer uma série de tópicos narrativos em resposta à nossa emergência climática global. Durante muitos anos, o seu foco principal foi Drowning World, um projecto artístico e de advocacia sobre inundações. Este trabalho tem sido visto em muitas publicações, incluindo a National Geographic, Geo e no The Guardian Magazine. Paralelamente, as suas imagens têm sido ultilizadas em muitos protestos climáticos, enquanto as suas fotografias e obras em vídeo são cada vez mais exibidas dentro do contexto de galerias e museus. Recentemente, Mendel estendeu a sua obra sobre as alterações climáticas e incorporou o elemento do fogo com o projecto Burning World. Mendel recebeu o primeiro Prémio Jackson Pollock para a Criatividade e o Prémio de Fotografia Greenpeace. Foi seleccionado para o Prix Pictet em 2015 e 2019, tendo também recebido o Eugene Smith Award for Humanistic Photography, o Amnesty International Media Award, e seis prémios World Press.

Miguel Palma (Portugal, 1964)

Miguel Palma é um artista que se apropria das narrativas de uma modernidade em permanente consulta para melhor refletir sobre o presente, é claramente fascinado por ícones da modernidade clássica: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitetura, a natureza (mais ou menos domesticada) e a tecnologia em geral. Com uma carreira de mais de três décadas, as suas obras cobrem diferentes meios de comunicação, como escultura, vídeo, instalação, desenho e performance. Está representado em muitas coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais, como a Fundação de Serralves (PT), Coleção Berardo (PT), Fundação Calouste Gulbenkian (PT), Museu Nacional de Arte Contemporânea (PT) Centro Pompidou (FR), FRAC – Limousin (FR), FRAC – Centre (FR), IAC – Institut d’Art Contemporain (FR), CCC – Centre de Création Contemporaine (FR), CGAC – Centro Galgo de Arte Contemporânea Contemporneo (FR), CCC – Centre de Création Contemporaine (FR), CGAC – Centro Galego de Arte Contemporânea (ES) Colección ARCO (ES), MUDAM – Musée D’Art Moderne Grand-Duc Jean (LU), ASU Art Museum – Arizona State University Museum (EUA), Phoenix Art Museum (EUA), entre outros.

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